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Conhecimento Tácito

Muitas vezes realizamos atividades complexas e resolvemos problemas difíceis sem termos uma noção exata da rotina operacional seguida, ou do método de solução aplicado

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Antônio Sérgio Lins de Carvalho
Julho de 2006

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Contexto

Na sociedade atual fica cada vez mais evidente que o conhecimento é o mais importante diferencial competitivo para a maioria das organizações.

Um exame das diversas classes de conhecimento organizacional iria destacar o conhecimento contido na mente daqueles que tomam decisões ousadas, ou daqueles que realizam atividades complexas e resolvem difíceis problemas sem uma noção exata da rotina operacional seguida, ou do método de solução aplicado.

Destacaria também aquele conhecimento que faz com que o cliente guarde na lembrança quem o atendeu de forma muito especial, falando a sua linguagem, entendendo suas necessidades e o tratando como se ele fosse único.

Neste contexto, dentre os desafios que surgem destaca-se aquele relativo ao desenvolvimento, propagação e incorporação deste saber na cultura da organização, mas a prioridade vai para o desafio de minimizar as perdas que ocorrem quando os detentores deste tipo de conhecimento são transferidos, promovidos, vão para outra organização, ou morrem.

Antônio Sérgio Lins de Carvalho
Julho de 2006


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Questões sobre Conhecimento Tácito

Temos consciência apenas de uma ponta do nosso saber, pois muito do que sabemos não pode ser verbalizado ou escrito através de palavras e compõe o nosso Conhecimento Tácito.

1. Que conhecimento é este?
2. Já se nasce com ele?
3. É diferente de know-how, habilidade, perícia?
4. Como se caracteriza?
5. Existe uma tipologia?
6. Ele tem posição especial na hierarquia DIKW?
7. Como se adquire?
8. Depende de talento?
9. Qual o perfil daqueles que o detém?
10. Ocorre em todas as profissões?
11. Em que ambiente ele prolifera?
12. Como se compartilha?
13. Até que ponto pode ser transferido?
14. Qual a melhor forma de divulgá-lo?
15. Será que pode ser aprendido em algum curso?
16. É possível explicitá-lo para treinamento?
17. Quais os casos mais conhecidos?
18. Tem algo a ver com Inteligência Prática?
19. E com Inteligência Cultural?
20. O que é um "tacitometro"?
21. Como se faz a gestão desse tipo de conhecimento?
    
    

Antônio Sérgio Lins de Carvalho
Julho de 2006

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Gestão do Ambiente de Conhecimento Tácito

A Gestão do Ambiente de Conhecimento Tácito deve se orientar para:

• Prevenção contra perdas de capital humano;
• Classificação e avaliação do conhecimento tácito;
• Transferência eficaz de conhecimento;
• Explicitação do saber até os limites da possibilidade;
• Difusão de métodos para aquisição de conhecimento;
• Tratamento da degradação das especializações;
• Aumento da oferta de know-how e habilidades;
• Compartilhamento do saber pragmático e da perícia;
• Reposição da inteligência prática delocada ou perdida.

Antônio Sérgio Lins de Carvalho

Julho de 2006

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Conceituação

A determinação das especificidades do Conhecimento Tácito (CT) e o estudo da sua variedade, deve incluir seus componentes Proximal(P) e Distal(D) e os desafios do aprendizado individual e organizacional relacionados com o mesmo.


Tópicos principais:

• Conceitos Chave:
• talento, habilidade, competência,
• atitude, comportamento, hábito, cultura,
• instinto, aprendizagem, compreensão,
• percepção, intuição, gestalt, heurística,
• especialização, perícia,
• kow-how, inteligência,
• dado, informação, conhecimento, sabedoria,
• serendipidade, ignorância tácita.
  
• Os componentes P e D da dimensão tácita;
• O mito da aprendizagem pela experiência;
  

Antônio Sérgio Lins de Carvalho

Julho de 2006

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O que dizem os pensadores

Na Gestão do Ambiente de Conhecimento Tácito, é importante a troca de idéias sobre a epistemologia e teorias de alguns pensadores de renome que trataram do conhecimento, suas especificidades e desafios relativos à sua criação, compartilhamento e transferência.

• Francis Bacon,
• Karl Popper,
• Michael Polanyi,
• Henry Mintzberg,
• Edward De Bono,
• Nonaka & Takeuchi,
• Marvin Minsky,
• Robert Sternberg,
• Collins,
• Peter Senge
  

Antônio Sérgio Lins de Carvalho

Julho de 2006

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Referências

Livros

1. BAUMARD, Phillipe. Tacit Knowledge in Organizations. London: Sage Publications, 2001.
2. BRUNER, Jerome. Actual Minds, Possible Worlds. Harvard University Press, 1987.
3. CAVALCANTI, Marcos & GOMES, Elisabeth & PEREIRA, André. Gestão de Empresas na Sociedade do Conhecimento: um roteiro para a ação. Rio de Janeiro: Editora Campus, 2001.
4. DAVENPORT, Thomas H. & PRUSAK, Laurence. Conhecimento Empresarial. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1998.
5. DE BONO, Edward. Wordpower: An Illustrated Dictionary of Vital Words. New York. Penguin Books, 1988.
6. GILL, Jerry H. The Tacit Mode: Michael Polanyi postmodern philosophy. New York: State University of New York Press, 2000.
7. KIKOSKI, Catherine Kano & KIKOSKI, John F. The Inquiring Organization. Tacit Knowledge, Conversation, and Knowledge Creation: Skills for 21st Century Organizations. Westport, CT: Praegers Publisher, 2004.
8. KROGH, Georg Von & ICHIJO, Kazuo & NONAKA, Ikujiro. Enable Knowledge Creation. How to unlock the mystery of tacit knowledge and release the power of innovation. New York: Oxford University Press, 2000.
9. LINS, Sérgio. Transferindo Conhecimento Tácito: uma abordagem construtivista. Rio de Janeiro: Editora Epaper, 2001.
10. MINSKY, Marvin. The Society of the Mind. New York: Simon Schuster, 1985.
11. NONAKA, Ikujiro e TAKEUCHI, Hirotaka. Criação de conhecimento na empresa : como as empresas japonesas geram a dinâmica da inovação. Rio de Janeiro: Campus, 1997.
12. POLANYI, M. Personal Knowledge. Towards a post critical Philosophy. Chicago: University of Chicago Press, 1958.
13. POLANYI, M. The tacit Dimension. Garden City, NY: Doubleday & Co., 1966.
14. REBER, Arthur S. Implicit Learning and Tacit Knowledge. Oxford Psychology Series. 2000.
15. SAIANI, Cláudio. O valor do conhecimento tácito: a epistemologia de Michael Polanyi na escola. São Paulo: Coleção Ensaios Transversais, 2004.
16. SCHRAGE, Michael. Shared Minds: The New Technologies of Collaboration. New York: Random House, 1990.
17. SENGE, Peter. A Dança das Mudanças: o desafio de manter o crescimento e o sucesso em organizações que aprendem. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1999.
18. SENGE, Peter. A quinta disciplina: caderno de campo. Rio de Janeiro: Editora QualityMark, 1994.
19. STENBERG, R.J. Complex Cognition: The Psychology of Human Thought. New York: Oxford University Press, 2001
20. STERNBERG, R. J., & WAGNER, R. K. Practical Intelligence: Nature and origins of competence in the everyday world. New York: Cambridge University Press, 1986
21. STERNBERG, R. J. Successful Intelligence : How Practical and Creative Intelligence Determine Success in Life. New York: Plume, 1997.
22. STEWART, T.A., CAPITAL INTELECTUAL, A Nova Vantagem Competitiva das Empresas, tradução de Ana Beatriz Rodrigues e Priscila M. Celeste, Rio de Janeiro: Editora Campus, 1998.
23. THOMAS, David C. & INKSON, Kerr. Cultural Intelligence: People Skills for Global Business. Berrett-Koehler Publishers, 2004.
24. TURNER, Stephen. The Social Theory of Practices. Tradition, Tacit Knowledge and Presuppositions. Chicago: University of Chicago Press, 1994.
25. SVEIBY, Karl Erik. The New organizational wealth: managing and measuring knowledge based assets. San Francisco: Berret-Koehler, 1997.
26. VYGOTSKY, L. S. Mind in society: The development of higher psychological processes. Cambridge, MA: Harvard University Press, 1978.
27. WARDMAN, Kellie T. Criando Organizações que aprendem. São Paulo: Editora Futura, 1996.
28. WATZLAWICK, Paul & WEAKLAND, John & FISH, Richard. Mudança: princípio de formação e resolução de problema. São Paulo: Editora Cultrix, 1977
29. WEI, Chun Choo. The Knowing Organization: How Organizations Use Information To Construct Meaning, Create Knowledge, and Make Decisions. New York: Oxford University Press, 2006.
    
    
    

Artigos e recortes da WEB

1. ARMSTRONG, Scott. Tacit Knowledge: A Critique of Sternberg's Definition. Acessado em 09/04/2005.
2. BACON, Francis. Novum Organum 1620. Aphorisms.
3. COLLINS, H. Tacit Knowledge, trust, and the Q of sapphire
4. Timothy C. Clausner & Jason R. Fox. A Framework and Toolkit for Visualizing Tacit Knowledge. HRL Laboratories, LLC. 3011 Malibu Canyon Road. Malibu, California, 90265, U.S.A.
5. GLASERSFELD, Von, E. An Exposition of Constructivism: Why Some Like it Radical. Scientific Reasoning Research Institute. University of Massachusetts, 2003.
6. TERRA, J. C. C. Gestão do Conhecimento: aspectos conceituais e estudo exploratório sobre as práticas de empresas brasileiras. São Paulo, 1999. Tese (Doutorado)
7. SCHEIN, Edgar H. Three Cultures of Management: The Key to Organizational Learning in the 21st Century, 1999.
8. Tacit knowledge and intuition
9. Exploring management consulting firms as knowledge systems
10. See What You Know - Barbara Bowen PhD
11. Narrative Knowledge - The Use Of Storytelling
12. Storytelling
13. From ISO 9000 to Knowledge Management PART 2
14. Leveraging the usage of information and knowledge
15. Five reasons people don't tell what they know
16. What exactly is Knowledge Mapping?
17. Concept Map About Concept Maps
18. A journey into Constructivism
19. Peer-to-Peer (P2P) Knowledge
20. Delineando as limitações: sistemas especialistas e conhecimento tácito
21. Teaching the Tacit Knowledge of Programming to Novices with Natural Language Tutoring

Antônio Sérgio Lins de Carvalho

Julho de 2006

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